quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

I'm back! /o/






Fala galera!



Como estão todos? Espero que bem.



Bom, nesses últimos meses fiquei bem ocupado com os trabalhos da faculdade, com o volume de serviço que apareceu no trabalho e um pouco de desânimo por algo que constei depois de pensar um pouco.



Percebi que por mais que eu estude, não vou conseguir me tornar uma referência na ára de finanças como meus ídolos Rafael Seabra, Conrado Navarro, Henrique Carvalho entre outros. Por isso vou mudar um pouco o foco que tenho aqui no Blog.



Continuarei falando a respeito dos meus investimentos e do meu patrimônio, mas quero também conversar com vocês sobre coisas do meu dia-a-dia, do meu curso e reflexões que faço das minhas observações dos comportamentos alheios ^.^'  Quero ter um blog no estilo do Blog do Estagiário, se possível.



Sei que deveria usar esse post para atualizar a respeito de como andam minhas finanças, mas não estou no clima para falar sobre isso agora. Minha cabeça está um pouco aérea agora (acho que estou ficando gripado =/) e não fiz um levantamento certinho do meu patrimônio. Prometo que em uma das próximas postagens falarei sobre isso e sobre o que espero com essa crise.



No mais, vou continuar fazendo pelo menos duas ou três postagens por mês e acompanhando a blogsfera tentando agregar algum conhecimento com o que puder.



Vou ficando por aqui, pessoal.



Até a próxima postagem =]

Abraços,

Daniel M. Ishihara

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Atualização Patrimonial – Agosto/2015


Parece que o mês de Agosto foi bem mais longo em relação aos outros meses. Não sei se me senti assim porque as aulas da faculdade voltaram ou se realmente os dias se esticaram mais e mais. Mas enfim, tudo deu certo e isso é o que importa.

Em relação à Bolsa de Valores, nesse mês tivemos quedas fantásticas nos preços de vários papéis. Sei que muitos colegas da Blogsfera estão tristes com esse quadro, e com razão, já que ver o próprio patrimônio derretendo e não poder fazer nada é o pior pesadelo que um investidor pode ter.

No meu caso, estou com os olhos brilhando, pois enxergo grandes oportunidades para comprar papéis de empresas que sofreram com a queda da bolsa e que sei que seus fundamentos estão sólidos como sempre.

Investimentos

Esse mês, com muito esforço, consegui destinar 41,62% dos meus ganhos para o aporte mensal.

Estou pensando seriamente em aumentar minha renda de alguma forma, para aproveitar essa promoção que surgiu em decorrência da crise. Tenho 2 ideias em mente, mas vou falar sobre elas em um próximo post.

Ainda continuo acumulando um valor na poupança, visando uma mudança radical de vida em pouco tempo. Em Agosto o percentual que mandei para a poupança foi de 65% do aporte e os outros 35% enviados para a conta que uso para operar na bolsa.



Promoções

A ação escolhida esse mês foi a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). Muitos vão pensar que sou louco de entrar em uma empresa estatal no meio desses escândalos, mas o que eu vejo é oportunidade fantástica com a queda dos preços das ações.

É um setor que todas as pessoas são dependentes dos serviços e produtos ofertados, a dívida dela está controlada, e os fundamentos são sólidos o suficiente para entrar na minha carteira de ações.

Em relação a FII’s , comprei mais um pouco do FLMA11. Nos próximos meses manterei a estratégia e em Novembro e Dezembro com a entrada do 13° salário quero comprar a BPFF11 e o BBPO11B que são fundos que me atraem muito. O BBPO11 pelo fato do locatário ser o Banco do Brasil e o BPFF11 por ser um Fundo de Papel e variar um pouco já que os que eu possuo são de imóveis.



Carteira de investimentos

Minha carteira de ações segue da seguinte maneira:

Ações:

Eternit: 52,02%
Banco do Brasil: 1,56%
Ambev: 0,78%
Odontoprev: 2,8%
Cemig: 1,82%

FII's

FLMA11: 41,09%
FEXC11B: 0,39%
BMLC11B: 0,26%
HTMX11B: 0,39%

Como havia dito antes, a renda variável tem feito um estrago enorme no patrimônio de muitas pessoas e é muito ruim esse tipo de situação. Mas não podemos esquecer que para nós, pequenos investidores, temos que seguir firmes e fortes sempre na nossa estratégia.

No meu caso, sigo aportando em ações e FII’s. Acredito que em médio e longo prazo terei um retorno bem interessante, só que não posso esquecer da máxima do Bastter que é “Esquece preço das ações e foca nos fundamentos da empresa”.

Esse mês minha carteira teve novamente uma rentabilidade negativa, mas foi dentro do esperado. Do mês passado para esse tive uma rentabilidade negativa de -4,50%. Sei que daqui para a frente terei que lidar com essa realidade, mas não me preocupo já que está dentro do que espero.

Provavelmente meu próximo aporte será direcionado para a compra de mais ações do Cemig ou Banco do Brasil. Ainda não sei, vou esperar para ver qual das empresas da carteira ainda estará em promoção para que eu possa aproveitar.

Bem, vou parando por aqui por hora. Na próxima semana continuarei falando a respeito de como escolher a melhor corretora e como começar a comprar ações na bolsa.

E como andam seus investimentos? Deixe nos comentários quais estratégias e previsões para os próximos meses.

Abraços,

Daniel M. Ishihara

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Sobre o mercado de ações (parte 2)

Bem, continuando o assunto de semana passada falaremos mais um pouco a respeito de ações e da bolsa de valores.

 
Um tópico importante que citei no último post, mas esqueci de explicar foi sobre Tag along. Só para esclarecer, esse mecanismo previsto em lei serve para proteger os acionistas minoritários (pequenos investidores) que possuem (geralmente) ações ordinárias de uma determinada empresa. Geralmente o percentual varia de 80% à 100%.

Imaginemos a seguinte situação: João possui 3000 ações da empresa Y que ele adquiriu a um preço de R$1,00. De repente, surge a notícia de que uma organização Z quer comprar as ações do controlador da companhia (o majoritário que detêm mais de 50% das ações) por um preço de R$ 2,00. Caso a negociação se efetive, as suas ações que possuem um tag along de 80%  será oferecido o valor equivalente a esse percentual pelas suas ações.

E aí, cabe ao investidor se aceitará realizar a venda ou não.

Agora que consegui corrigir o erro de semana passada, podemos dar continuidade ao post. Agora falarei sobre como escolher as ações na bolsa.


O primeiro passo é você estudar a respeito de como será sua estratégia das compras de ações. Existem muitas pessoas que usam as análises técnicas para atuar na bolsa. Estudam gráficos, acompanham as oscilações dos preços e dominam as técnicas das ordens de STOP e Compra.

Com os conhecimentos corretos você trabalha com Day-trade (compra e venda diária de ações), Swing trade (compra e venda semanal de ações) ou Can Slim(compra e venda mensal de ações). Como esse não é o campo que eu tenho domínio, não entrarei em detalhes sobre o assunto.

Na minha humilde opinião, acho que essa forma de trabalhar no mercado financeiro é muito perigosa. Além de precisar de um capital volumoso para especular, é necessário sangue frio e entender que as perdas acontecerão cedo ou tarde. Então você deve utilizar um dinheiro que não está comprometido com nada.

Já a outra forma de utilizar a bolsa é através da análise fundamentalista fazendo o Buy and Hold. Basicamente, você irá buscar por ações que estejam em um valor abaixo do que realmente valem, que dêem lucros consistentes e que possuam um crescimento constante.

Aqui a lucratividade não surge do dia para a noite, mas sim no decorrer dos anos com o crescimento da empresa e o reinvestimento dos dividendos. A visão desse tipo de investimento é sempre à Longo Prazo, ou seja, pelo menos uns 15 à 20 anos no mínimo.


De início é bacana procurar conhecer os principais indicadores (ferramentas técnicas) que te mostram alguns valores que podem influenciar na aquisição dos papéis de uma empresa. Os principais são os seguintes:

LPA (Lucro por Ação) – O LPA reflete o lucro líquido da empresa dividido pela quantidade de ações disponíveis no mercado. Usando o Banco do Brasil como exemplo, o lucro líquido do Banco do Brasil é de R$14.354.100.000,00  e o número de ações circulando na bolsa é de 2.865.420.000. O resultado da conta é de R$5,01 que significa que para cada 1 ação ela obteve essa parcela de lucro.

Esse valor pode parecer bacana, no entanto é necessário ter cautela quando se vai analisar qualquer empresa. Para ter mais confiabilidade no uso dessa informação devemos verificar se o crescimento desse número é crescente no decorrer dos anos.


P/L (preço/lucro) -  O cálculo desse indicador é o preço atual da ação dividido pelo lucro de cada ação(LPA). Com esse resultado em mãos, podemos dizer quanto tempo levará para você ter o dinheiro investido de volta em forma de lucro. Continuando a usar o Banco do Brasil como exemplo. O preço atual do papel é de R$18,57 e seu LPA é R$5,01 e fazendo essa conta (18,57/5,01) chegamos em um resultado de 3,71 que nos leva a crer que em um período de 3 a 4 anos teríamos o retorno do valor inicialmente investido em forma de lucro.  O que normalmente é divulgado é que P/L de valor 15 são medianos, acima disso estão caras e abaixo desse valor baratas.

Isso demonstra que as ações do banco são extremamente atraentes visto que o retorno é em um prazo relativamente curto.

Mas lembre-se que esse indicador jamais deve ser utilizado sozinho e cada pessoa deve estipular qual o valor de P/L que ela acredita ser o ideal para si. Eu, geralmente, verifico médias setoriais que me dão uma noção um pouco melhor do que posso considerar bacana para minha carteira.

VPA (Valor por Ação) - O valor patrimonial por ação (VPA) indica o valor do patrimônio líquido da empresa por ação. O patrimônio líquido é calculado subtraindo-se do total de ativos da empresa (máquinas, dinheiro em caixa, fábricas, terrenos, patentes, etc) do patrimônio exigível total dela (suas dívidas) e dividindo pelo número de ações. Então ele indica o real patrimônio pertencente a empresa e seus acionistas. O Banco do Brasil atualmente conta com o valor de R$25,10.

P/VPA (Preço/Valor Patrimonial por Ação) – Esse indicador é calculado da mesma forma que o P/L, pegando o preço da ação e dividindo pelo VPA. Ele mostra quanto o mercado está disposto a pagar por cada R$1,00 que o acionista investir na empresa.

Empresas boas geralmente tem um P/VPA acima de 1, pois ela é tão lucrativa que o mercado está disposto a pagar um preço superior por cada ação comparada ao seu VPA. Os acionistas consideram que a capacidade de lucrar da empresa é muito superior ao que ela vale.

Mas isso não significa que se a empresa estiver abaixo de 1 ela é ruim. Caso você faça as análises da empresa e veja que ela é lucrativa, que o P/L é baixo, que tem uma boa distribuição de proventos e ainda assim tem o P/VPA abaixo de 1, provavelmente você terá uma pechincha em mãos.

Calculando o P/VPA do Banco do Brasil 18,57/25,10 chega-se no resultado de 0,74 indicando uma boa oportunidade de adquirir uma empresa lucrativa à um preço baixo.

DY (Dividend Yeld) – O DY indica o percentual dos dividendos dos últimos 12 meses divididos pelo preço das ações. Grandes empresas, geralmente, apresentam esse indicador baixo por utilizarem grande parte de seus lucros em reinvestimentos visando o seu próprio crescimento.

Nesse caso pode-se estabelecer um valor mínimo base para se analisar esse indicador e normalmente é aplicado o percentual de 6%.

O DY do Banco do Brasil gira em torno de 6,79% de acordo com meus últimos cálculos. 

Ainda existem outros indicadores importantíssimos como o LC (Liquidez Corrente) e o DBT/PL (Divida Bruta Total/ Patrimônio líquido), mas considero esses 5 primeiros como básicos para iniciar uma análise bacana.

Deve-se também levar em consideração a forma de governança da empresa, se sua lucratividade é constante e consistente, se ela é a melhor do setor e como ela se comporta diante dos cenários de que se apresentam no mercado. Com tudo isso em mãos é possível obter uma análise mais fiel à realidade da empresa e se realmente vale a pena investir nela.
Bom, acho que já falei bastante por hora. Vou deixar para o próximo post para falar a respeito das corretoras e de como se investir.

Lembrando qualquer informação que cito, é uma mera opinião minha e não indicação de compras de qualquer ação.

E como vocês analisam as empresas que investem? Dividam com a gente suas estratégias de compra. Qualquer dúvida ou crítica também é bem-vinda.

Abraços,

Daniel M. Ishihara

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Sobre o mercado de ações (parte 1)



Há algum tempo penso em escrever a respeito do mercado de ações, mas com a correria do serviço e as atividades da faculdade havia deixado essa ideia um pouco de lado.

Mas depois de conversar com uma amiga, vi que estava deixando de lado um dos assuntos que mais queria abordar no blog.

Sei que ainda não tenho bagagem o suficiente para abordar o a questão da bolsa de valores de forma completa, mas quero mostrar um pouco do funcionamento do mercado de ações para você que ainda está iniciando o aprendizado no mundo dos investimentos.



Em primeiro lugar, precisamos entender o que é uma ação.

Segundo o Wikipédia, ações são as menores partes do capital social, ou patrimônio, de uma empresa. Sendo assim, a pessoa que adquirir as ações de qualquer empresa de capital aberto negociada na bolsa de valores se tornará um pequeno sócio dela.

“E isso é bom?” você deve estar se perguntando. E posso dizer com muita segurança que... depende. Existem diversas variáveis que devem ser analisadas para saber se foi uma boa ideia comprar as ações das “fabulosas” empresas X do Eike ou se seria melhor ter arriscado seu dinheiro em uma desconhecida Ambev, quando ela abriu seu capital por volta dos anos 2000? Beemm, vou deixar para falar sobre como EU faço as análises das minhas empresas em um próximo post.

Mas voltando ao assunto, as ações são divididas em 2 categorias que são as Ordinárias e as Preferenciais:

Ordinárias: Não, elas não são ações pilantras, que não prestam e vão levar seu dinheiro embora. Ao contrário do sentido prejorativo da palavra, essa ação dá direito ao voto nas assembléias, além de ter o direito de receberem os dividendos.

Preferenciais: Elas são chamadas assim, porque tem a preferência no recebimento dos dividendos. E também, geralmente, tem uma porcentagem maior de proventos que o reservado para as ordinárias.

Quais eu prefiro? Geralmente, olho com mais carinho as ordinárias já que elas possuem tag along. Mas isso é um dos critérios que eu estabeleci para realizar meus investimentos.



Bom, e quais os benefícios de se investir em ações?

Bom, eu sou adepto do Buy&Hold e por isso através de estudos verifico quais são as empresas que podem me trazer os melhores retornos em médio e longo prazo (cerca de 15 à 25 anos). E esses retornos vêm na forma de dividendos, Juros Sobre Capitais Próprios e Valorização no preço da ação.

Irei explicar melhor cada uma dessas questões.

Dividendos: são uma cota ou uma porcentagem da divisão do lucro da empresa que é dividida entre todos os seus acionistas. E não podemos esquecer que esse valor pago já tem descontado o imposto de renda e com isso não é tributado na declaração do Imposto de Renda. No Brasil, as empresas listadas na BM&Bovespa devem distribuir 25% do seu lucro líquido ajustado (É o lucro líquido apurado depois de reconhecidos os efeitos da inflação nas demonstrações contábeis.)

Juros Sobre Capitais Próprios (ou JSCP): o funcionamento dessa forma de remuneração é semelhante ao dividendo. É uma parte do lucro que a empresa distribui entre os acionistas. A diferença é que aqui ainda não houve o desconto de 15% do IR e esse valor é descontado na fonte, ao contrário do dividendo que tem o desconto desse imposto no momento da apuração do lucro líquido. A grande sacada aqui é que para a empresa essa forma de pagamento dá uma bela vantagem, já que o a distribuição de lucros dessa forma entra na Demonstração de Resultados como despesa antes do lucro e com isso há um abatimento no valor a ser pago no Imposto de Renda.

Valorização das ações: Essa é a parte mais difícil de expor, pois o mercado é irracional. A maior parte das vezes vemos empresas com resultados piores ano a ano e o preço de suas ações cada vez mais altas. Isso se dá devido a boatos de melhora no cenário internacional, que tal país está em negociação com a empresa entre outras notícias. E de uma hora para outra, quando menos esperamos os preços caem e quem vendeu a casa para comprar as ações achando que elas bombariam, acaba ficando a ver navios. Não devemos nos espelhar nunca no fator preço para investir. Boas empresas se valorizarão enquanto estiverem com boa governança e bons fundamentos para se manterem no mercado.

Por isso, é de extrema importância ter uma estratégia bem montada para se fazer uma boa escolha de ações.

Bom, vou parar por aqui por hora. Semana que vem falarei mais sobre como se investir na bolsa, como escolher uma boa corretora e minha estratégia para escolha das ações.

E você? Já investe ou tem alguma pretensão de investir na bolsa? Deixem suas dicas e divida seus conhecimentos conosco nos comentários!

Abraços,


Daniel M. Ishihara